‘Honestidade e respeito’ e ‘valores cidadãos’: veja atividades de PMs em escolas cívico-militares
Regras constam de resolução conjunta das secretarias estaduais da Educação e da Segurança Pública publicada no Diário Oficial de São Paulo
Policiais militares da reserva vão ministrar atividades extracurriculares nas escolas cívico-militares do Estado de São Paulo a partir de 2025 para discutir “valores cidadãos”, como “honestidade e respeito”, e quais são as funções de vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes. Eles também ficarão responsáveis por organizar o hasteamento da Bandeira Nacional, uma vez por semana, e por chamar a Polícia Militar “em fatos de interesse policial”.
As regras constam de resolução conjunta das secretarias estaduais da Educação e da Segurança Pública publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo na última quinta-feira, 20 de junho, e que estabelece regras para o funcionamento das escolas.
Esse modelo de ensino foi instituído em âmbito federal em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em 2023, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Educação encerrou o projeto. Havia então no País 202 escolas desse tipo, que atendiam cerca de 120 mil alunos.
Diante do encerramento do programa federal, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou que iria criar escolas cívico-militares de âmbito estadual, o que foi instituído pela lei complementar 1.398, de 28 de maio passado. Em ação protocolada no Supremo Tribunal Federa (STF) no dia 20 de junho, o PT pede que a lei seja declarada inconstitucional. Ainda não há decisão da Justiça.
COMENTÁRIOS