PSD realiza jornadas parlamentares dedicadas ao Estado da Nação
O debate do estado da nação, que fecha o ano parlamentar do ponto de vista político, está marcado para 17 de julho.
Antes da abertura formal das jornadas, marcada para as 15h00, pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, os deputados vão dividir-se na segunda-feira de manhã em cinco grupos que visitarão o Centro de Bem-Estar Social de Queluz, a Associação Empresarial de Sintra, uma empresa exploradora de pedra mármore, o Centro de Educação para o Cidadão Deficiente e a Escola da Guarda, o estabelecimento de ensino da GNR, em Queluz.
Depois da abertura, o primeiro painel das jornadas será dedicado ao tema "Cuidar e Respeitar" e terá como oradores Eurico Castro Alves, médico e coordenador do Plano de Emergência da Saúde que o Governo aprovou no final de maio, e Isabel Jonet, presidente e fundadora do Banco Alimentar.
O professor universitário e comentador televisivo Nuno Rogeiro será o orador do segundo painel, sob o tema "Portugal na Europa e no Mundo".
O jantar do primeiro dia, que coincide com a hora do jogo dos oitavos de final do campeonato europeu de futebol de Portugal contra a Eslovénia, não terá orador convidado, ao contrário do que tem sido habitual.
Na terça-feira, a discussão será sobre "Desafios e Oportunidades da Política à Economia", com a jornalista Mafalda Anjos e o antigo secretário de Estado do Empreendedorismo Carlos Oliveira como oradores.
A sessão de encerramento está marcada para as 12h00, com nova intervenção de Hugo Soares e o discurso de Luís Montenegro.
As últimas jornadas parlamentares do PSD realizaram-se em 16 e 17 de outubro do ano passado, centradas no Orçamento do Estado, e tiveram entre os oradores o anterior presidente do Conselho Económico e Social, o socialista Francisco Assis, e o antigo ministro Mira Amaral.
Nessa ocasião, era António Costa primeiro-ministro, cargo do qual se viria a demitir menos de um mês depois, em 07 de novembro, após a Procuradoria-Geral da República ter emitido um comunicado em que o referia como estando a ser alvo de investigações no âmbito da denominada Operação Influencer -- um processo judicial que investiga o processo de instalação de um 'Data Center' em Sines, bem como negócios com o lítio e hidrogénio.
Nessas jornadas parlamentares, o PSD anunciou o voto contra o Orçamento do Estado para 2024 -- documento que ainda está a executar, uma vez que não houve qualquer Retificativo -- e Luís Montenegro, então líder da oposição, acusou o Governo de maioria absoluta do PS de alcançar contas certas "à custa do sofrimento das famílias e empresas" e do crescimento da economia.
"Creio que Portugal precisa de alguém, e neste caso do principal partido da oposição que diga que, se o rei não vai nu, vai pelo menos seminu, afirmou Luís Montenegro, no encerramento dessas jornadas.
O líder do PSD admitiu então que é melhor ter estas contas certas "do que uma situação de desequilíbrio ou pré-falência" que considerou ser habitual nos executivos socialistas.
"Mas ter contas certas à custa do sofrimento das famílias, das empresas e à custa do crescimento da economia... Ter contas certas com esta estratégia não é futuro para Portugal, isto não se aguenta para sempre", alertou.
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