Livre e BE abertos a convergências nas autárquicas incluindo em Lisboa
"Entendemos que esta vontade de convergência, esta necessidade de convergência é essencial para que o país mude de rumo e as nossas cidades também mudem de rumo, se tornem cidades melhores para viver, que não excluam tantas pessoas", declarou Isabel Mendes Lopes, co-porta-voz e líder parlamentar do Livre.
De acordo com Isabel Mendes Lopes, "a vontade do Livre é que haja uma convergência entre forças progressistas e forças ecologistas, que vão até além dos partidos políticos, que envolvam a sociedade civil, e que haja uma frente que seja capaz de mostrar que há uma alternativa e que há um projeto de futuro, tanto a nível nacional como também a nível local".
Questionada sobre eventuais coligações pré-eleitorais nas autárquicas, por exemplo, em Lisboa, a dirigente do Livre respondeu: "O que é importante também é haver uma convergência programática e uma apresentação de ideias de futuro e de uma alternativa para as cidades e para cada local, e depois a forma como poderemos então criar essa alternativa é algo a discutir".
Por sua vez, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, referiu que "as eleições autárquicas fazem parte do diálogo" em curso com o Livre sobre "possibilidades de convergência" à esquerda.
Mariana Mortágua defendeu que "Lisboa é um bom exemplo de como é importante que a esquerda possa dialogar para criar movimentos maiores até do que a soma dos partidos, para poder derrotar a política de Moedas, que tem vindo a agravar todos os grandes problemas da cidade".
"Em Lisboa há uma reflexão um pouco mais adiantada a este respeito, e há também uma governação de Carlos Moedas, e há uma experiência passada de convergência à esquerda. E, como disse, é importante que ela seja mais do que a soma de partidos, que possa incluir movimentos sociais, a cidadania, os jovens, e toda a gente que se mobiliza por uma alternativa na cidade", reforçou.
Interrogada se o BE exclui ou inclui o PS nestes possíveis entendimentos, respondeu: "Para já, é importante que essa possibilidade de diálogo exista, que a abertura para uma conversa mais alargada possa existir. É claro que em diferentes sítios do país há diferentes situações".
"No caso de Lisboa, já o dissemos, quando há governações de direita tão fortes como em Lisboa, quando há uma necessidade tão grande de encontrar políticas alternativas, quando há um passado de convergência bem-sucedida, que deixou fruto, que fez o seu caminho, achamos que há possibilidade para que esse diálogo possa ser mais abrangente", completou.
Segundo a coordenadora do BE, "um pouco por todo o país é importante manter esses diálogos" e esta é "uma reflexão interna que o BE está a fazer e um debate interno que foi aberto na última Mesa Nacional".
"Vai prolongar-se ao longo dos diversos meses, com diversos momentos. Temos uma conferência autárquica que vamos convocar para debater internamente", adiantou.
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